Lu Days
Poderosas Transformações.
Eu disse a eles que nada ficaria bem se a soma acabasse em número sete.
Eles riram de mim. Ela é de humanas e não sabe contar. Foi o que disseram.
Eu me preocupei por eles, não deveria, mas chorei por eles.
Em todos os dias fechados. Que batalhamos. Separados do mesmo lado da guerra como se fossemos inimigos, eu disse a eles que só queria o melhor.
Ninguém me compreendeu. Ninguém andou ao meu lado. Nenhum deles.
Eu tinha aos meus.
E então nós fomos em frente, querendo odiá-los, mas éramos bons demais para deixá-los para trás.
Quando a peste chegou sabíamos que o pior era o que estava ali. Ficamos exilados, mas resistimos. Não nos reinventamos porque o momento era propício. Saímos do outro lado porque não havia escolha.
Escolha? Oi, sumida? Será que temos escolha? Não, meu bem. A escolha está em falta hoje. A escolha é a saída que nos dão e ainda bem que é uma saída de Poderosas Transformações.
E virou. Virou muito bem. E quando virou, eu cantei.
Não a música sobre um laço na árvore, que cantei no passado. Eu cantei sobre eles. Sobre serem mentirosos, patéticos, solitários e maldosos.
Quando perdemos a dignidade não tinha mais nada a fazer senão cantar, para não morrer. E hoje, eu acho que cantar é a solução de tudo.
No dia que quase morremos tudo acabou sim. Eles duvidaram. Continuam duvidando. Eles morreram também e nós os levamos nas costas, pelas trincheiras. Enquanto eles duvidavam.
Agora temos Poderosas Transformações. Os levaremos nas costas enquanto duvidam. Existe toda uma terra arrasada para reconstruir.
Meu camarada! Não sei se nossos olhos um dia verão a mudança que plantamos. Mas plantamos e vamos deixar crescer. É o suficiente pra mim. Espero que seja o suficiente para você.
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